sexta-feira, 30 de julho de 2010

Frases "toscas" prontas


Me dando ao luxo de ser "frágil". Vou aproveitar, "daqui a pouco passa".
Sempre passa...

Essa é a frase pronta mais "infantil" e "tosca" que eu já vi. Mas nunca vi tanta verdade em uma frase só.
Uma pessoa que está feliz provavelmente não precisa de amor e compreensão.
Quem precisa disso é quem faz bobagem, enfia o pé na jaca, dá piti, esperneia, quebra tudo e diz que vai embora... Quem precisa de amor, é aquele que segundo a norma social menos merece.
(A pesar de merecimento ser absurdamente relativo)

(Adoro palavras/frases entre aspas... Repararam? E parenteses também, super tendência...)

Obs: a parte do "infantil" e "tosca" é só porque eu sou durona, ok? :P

sábado, 24 de julho de 2010

Perspectivas

É nessas horas em que ser ateu é difícil... Porque eu bem que poderia dizer "O futuro a deus pertence", mas quem me conhece sabe que isso seria uma enorme de uma hipocrisia! heh

Mas a verdade é que o futuro é meu e só a mim pertence. Os erros e os acertos são meus.

E escrevo isso porque hoje algo muito importante aconteceu...

Pode parecer banal, pode parecer engraçado ou até pouco significante: Hoje foi minha última matricula na faculdade.
Deveria ser um momento extasiante, afinal é a reta final! Mas não, não é. É assustador!
Já pararam pra pensar na repercussão disso na vida de um ser humano? É o adeus aos velhos formulários em que se preenchia "Profissão: estudante" tão displicentemente e de maneira já tão automática.
Já já eu vou ter que pensar duas vezes quando for ter que preencher o espaço em branco correspondente a profissão em algum formulário por aí. Até lá, todas as vezes em que isso acontecer, é possível que eu sinta o mesmo frio na barriga. A mesma precipitação. Aquele quê de um algo terrível que está por aí a espreita pronto pra me pegar na primeira entrevista de emprego ou no primeiro consultório da vida.
Uma sensação de que não importa o quão alta seja a média final, o quanto eu tenha me empenhado, quantos pacientes eu tenha tido, que eu tenha ficado durante as férias em estágio na clínica, quantos livros eu tenha lido... De qualquer forma eu não me sinto preparada pra sair por aí encarando o mundo "psi".
E o que fazer depois? Especialização? Mestrado? Só trabalhar?

O mais difícil até os últimos meses era definir com o que trabalhar. Isso já não é mais um problema. Eu gosto de psicologia clínica. Em especial psicologia cognitivo comportamental e se for pra trabalhar com crianças, melhor ainda. Chego a brilhar os olhinhos!

Mas a pergunta que eu me faço (e que acho eu todos que devem estar sentindo o mesmo que eu devem estar se fazendo) é: Será que eu serei boa o suficiente pra trabalhar com aquilo que eu escolhi?

Uma coisa eu descobri nesse último semestre (e em processo de terapia... rs): Infelizmente não. Eu dificilmente serei boa o suficiente em alguma coisa que eu escolher, porque quando mais alto eu subo, mais eu elevo os meus padrões, de forma que eu vou estar eternamente insatisfeita. De certa forma isso é bom: eu sempre vou buscar algo que possa ser melhorado. Por outro ângulo, é péssimo, porque a menos que eu encontre um ponto de equilíbrio, eu nunca vou estar satisfeita.
E se o futuro é só meu, os fracassos também são.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Despedidas

Tenho observado as pessoas - amigos, pacientes, bloggers - falando sobre pessoas queridas que se foram. Ás vezes recentemente, outras há muito tempo, mas é sempre sobre a ausência. A dor, a saudade, algumas vezes sobre o remorso. Outras sobre o sentimento de missão cumprida. Existem pessoas, até, que expressam cansaço e alívio. E existem aquelas que negam tudo e simplesmente seguem.

Certa vez eu perdi alguém que amava muito e me concentrei na dor dos outros enquanto sentia a minha própria dor. Me preocupei em como as pessoas a minha volta se sentiam. Quis ser forte. Quis cuidar. Quis ser eu, como sempre. Eu, a muralha. É claro que eu chorei, é claro que eu sofri. Mas eu costumo carregar a minha cruz sozinha. Ou como diria Marisa Monte:
"Se ela me deixou a dor,
É minha só, não é de mais ninguém".
Eu costumo de bom grado me oferecer pra carregar a cruz dos outros (não é a toa que a pessoa escolhe um curso como psicologia!), mas a minha cruz é sempre minha e só minha. Por que ser forte é tão mais valorizado, se como me disse alguém, a maior parte das coisas bonita e de valor vem em caixas dizendo "cuidado, frágil!".

Enfim, agora é a minha vez de compartilhar.

Era uma manhã de sol quando ela se foi. Uma manhã com um estonteante e maldoso sol. Como a maior parte das manhãs ensolaradas tem sido desde então. Quando o sol não tem outra função sem ser ofuscar as coisas e mostrar as pessoas que não importa o quanto elas tentem. Tudo passa, ele permanece. A vida é efêmera e nós estaremos sempre sós.

Eu tinha que encontrar um terço, mas nenhum terço era bonito o suficiente para as mãos dela. As mãozinhas delicadas, já envelhecidas pelo tempo. As unhas sempre feitas e bem cuidadas. A mão na qual ela prendia a chave pendurada no dedo mínimo e saia a caminhar indo em direção a nossa casa. E fazia aquele barulho estridente quando as chaves balançando se chocavam uma a outra. Eu nunca mais iria ouvir esse som.

A capela do velório era tão pequena que se tornava impossível permanecer lá dentro. A impressão é de que tudo era pesado demais. Nós eramos grandes demais. Exceto ela, ela parecia tão pequena. Ao mesmo tempo, lá fora estava o zombeteiro sol. Não havia mais nenhum lugar seguro na terra. Eu nunca mais me sentiria em casa novamente. Nenhum lugar teria as cadeiras acolchoadas e o cheiro de café recém passado a qualquer hora do dia.

Ver o caixão ser fechado, carregado e concretado... como se todas as histórias de criança, a segurança de que tudo acaba bem, exatamente como nos contos de fada contados na cama da avó. Elas nem sempre acabam bem. Alguns sonhos são lacrados em paredes de concreto.

Naquele dia eu aprendi a dizer "nunca mais" e esqueci o real significado de "para sempre". Ela se foi e eu deixei de acreditar em Deus, papai noel, contos de fada e finais felizes.
E não, não foi uma troca justa.

Mas de qualquer maneira. Ela sabia o quanto ela era importante, o quanto era preciosa  e amada e isso faz com que tudo tenha valido a pena, mesmo que eu não soubesse exatamente como dizer adeus.


In Remembrance
Evergrey

I remember your voice and your dreams
Your smile when you laughed
And your pain when you screamed
I'll follow your footsteps let them be my guide
Can you save me from being myself?
It's hard to be strong when you're stuck in a shell
If you don't desert me I won't let you down

In remembrance
Of all the things you used to do
In remembrance
Of all the faith I had in you
In remembrance
And when I walk I walk for you
In remembrance of you

I remember when we used to run
Against any threat united as one
We faced all our fears
And we chased all the clouds blocking the sun
And through the haze that my sorrow created
I heard your voice and the promise you stated
And I...
Won't let you down

In remembrance
Of all the things you used to do
In remembrance
Of all the faith I had in you
In remembrance
And when I walk I walk for you
In remembrance of you

Cause I never saw you deserted
Or you never spoke so I heard it
Cause I would never let you down
Did you call me and I didn't listen?
Did I force you to make a decision?
Did I?

In remembrance
Of all the days we planned
And all the things we said we'd do
In remembrance
Of all the times we had
And the fate I shared with you
In remembrance
You'll always be my truth
Cause what I know I've learned from you
In remembrance of you
Of all the things you used to do
And all the faith I had in you
Cause when I walk I walk for you
In remembrance of you.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Políticas Públicas

Tenho andando ranzinza (novamente) nos últimos dias. Quando eu fico muito ranzinza eu aproveito pra pensar sobre a vida. E hoje cá estava eu pensando sobre políticas públicas.

O quão justa é essa nova forma de ingresso nas universidades que está sendo/será implementada, sendo que o Rio Grande do Sul tem o maior número de universidades e faculdades?

E não é só isso. A "merda" vai continuar a mesma. Alegam alguns que é um método mais justo de "oportunidade para todos", porque assim o sujeito "A" que vive lá "onde Judas perdeu as botas" pode vir estudar aqui onde "Judas as encontrou". Não é maravilhoso? Uhum...
Que doce ilusão! Se o sujeito "A" pertence a classe média, realmente. Mas se ele for só um brasileiro comum, como a grande maioria dos brasileiros, ou ele vai ter que rodar a baiana e fazer das tripas coração, ou ele simplesmente não vai poder, porque não vai ter capital pra investir nisso. E a porcaria continua a mesma. Quem tem dinheiro vai para onde quiser, quem não tem fica onde estava. E o ciclo se perpetua.

E olha que eu não sou uma das mais ferrenhas defensoras dos fracos e oprimidos. Eu costumo tentar olhar as possibilidades. Por exemplo, eu sou extremamente contrária a inclusão digital.
O governo financia computadores e incentiva o acesso a internet de praticamente qualquer parte do Brasil, entretanto que beneficio isso trás a população? Nenhum. A população não tem educação pra usar esse tipo de ferramenta. Pergunte pras pessoas de baixa renda se elas tem computador e várias vão responder que sim. Agora pergunte a essas várias se elas sabem o que é a Wikipédia ou o Google Acadêmico. Entretanto se perguntares se sabem o que é o Orkut provavelmente te dirão que sim.
O mais triste é que isso não é culpa delas. Estão tentando tapar o sol com a peneira.

Observe por exemplo o método de incentivo a "universidade para todos", inclusive aqueles todos que não tem preparo para isso. Não duvido que hajam faixas comemorativas dizendo "Olha mãe! Tô na univercidade! Parabems pra mim! Bixo 2010".
As universidades federais por sua vez, recebem incentivo financeiro toda a vez que criam cursos novos, se elas não os criam, o incentivo que recebem é consideravelmente menor, entretanto se optam por cria-los, acabam tendo de deixar de investir nos cursos já criados. E aí, o que fazer? Porque isso é política pública... É MEC. É Brasil.

E sabe o que é mais decepcionante? Eu assisti vários projetos de conclusão de curso esse semestre, muitos deles bastante interessantes e viáveis. Cuja divulgação poderia melhorar (e muito) a qualidade de vida da população. E quase todos eles (assim como o meu e da Josi) tinham como justificativa o fato de que políticas públicas poderiam ser incentivadas, como medidas de prevenção, por exemplo... E no fundo, bem no fundo, nós sabemos que isso nunca vai acontecer.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Tomara que seja um livro!

Bom... mês que vem é meu aniversário. Nessa época do ano, já com quase um mês de antecedência as pessoas começam a perguntar o que eu quero ganhar de presente.
É um saco isso.
Mas esse ano eu fui mais rápida e me adiantei! HA!
E mãe/mana, se alguém te perguntar o que eu quero ganhar de presente, pode dizer, tá? hihi

Por ordem de prioridade:
(Pesquisa realizada no site da livraria Vanguarda, então lá tem, mesmo que seja sob encomenda...)

Título: Como Falhar na Relação?
Editora: Casa do Psicólogo
Autor: BERNARD SCHWARTZ, JOHN V. FLOWERS
Por: R$34,00

Título: A Prática Clínica de Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes
Editora: ArtMed
Autor: FRIEDBERG, ROBERT D.
Por: R$56,00

Título: Técnicas de Terapia Cognitiva - Manual do Terapeuta
Editora: ArtMed
Autor: LEAHY, ROBERT L.
Por: R$86,00

Título: Aprendendo a Terapia Cognitivo-Comportamental
Editora: ArtMed
Autor: THASE, MICHAEL E.;BASCO, MONICA R.;WRIGHT, JESSE H
Por: R$74,00

Título: Ansiedade - Terapia Cognitivo - Comportamental para Crianças e Jovens
Editora: ArtMed
Autor: STALLARD, PAUL
Por: R$44,00

Título: Estudos de Caso em Psicologia Clínica Comportamental Infantil - V. 1
Editora: Papirus
Autor: SILVARES, EDWIGES FERREIRA DE MATTOS
Por: R$59,90

Título: Terapia do Esquema - Guia de Técnicas
Editora: ArtMed
Autor: YOUNG, Jeffrey E.
Por: R$81,00

Título: Terapia Cognitiva para Desafior Clinicos
Editora: ArtMed
Autor: BECK, JUDITH
Por: R$75,00

Título: O Ciclo Vital
Editora: ArtMed
Autor: BEE, HELEN L.
Por: R$116,00

E para os mais pobres (como eu):

Título: Papai nunca mais voltará para casa?
Editora: Atica
Autor: HOGAN, PAULA Z.
Assunto: Literatura Infanto Juvenil
Por: R$18,90

Título: O Livro dos Sentimentos
Editora: Panda Books
Autor: PARR, TODD
Assunto: Literatura Infanto Juvenil
POR: R$:12,90


Obrigada, meus pacientes agradecem! =D

sábado, 3 de julho de 2010

Religião - A intolerância não será tolerada!

AVISO: Este não é um post delicado. Eu não tenho cuidado com as minhas palavras e se você, caro leitor não leu um dos meus primeiros posts intitulado: "Pra que um blog?" eu recomendo que leia. Obrigada.

Muitas pessoas pensam que eu sou atéia (ou ateísta, como queiram). Mas isto obviamente não corresponde a verdade.
Há algum tempo me rendi a URI, o magnífico Unicórnio Cor-de-Rosa Invisível:
"Os Unicórnios Cor-de-rosa Invisíveis são seres de grande poder espiritual. Sabemos isto porque eles são capazes de ser invisíveis e cor-de-rosa ao mesmo tempo. Como em todas as religiões, a Crença do Unicórnio Cor-de-rosa Invisível baseia-se em lógica e fé. Acreditamos que eles são cor-de-rosa e logicamente sabemos que são invisíveis porque não os conseguimos ver." Também tenho simpatizado bastante com o Pastafarianismo, o que tem me levado a orar com frequência a seu criador, o  Monstro do Espaguete Voador (mas de fato é URI quem ganhou meu coração e meus louvores).

Ok, nesse momento quem está lendo já deve estar rindo ou no mínimo achando engraçado. Pois saibam que não deveriam.
Ninguém iria rir ou fazer pouco caso da minha crença se eu dissesse que sou cristã, espírita, budista ou se eu fizesse parte de algum culto bizarro da nova era. Ninguém iria rir se eu dissesse: "Fiz votos de castidade, entretanto costumo subjugar crianças e obriga-las ao ato da felação, mas está tudo de acordo com a minha fé, uma vez que o Papa é cumplice dos meus atos, ou seja, é uma felação abençoada!", ou se eu dissesse: "Quero casar de branco, na igreja, porque se deus não me abençoar, não serei feliz no meu casamento"... Mas desde quando alguém além de mim e do meu marido somos responsáveis pelo meu casamento? E se eu dissesse ainda que na minha igreja é proibido ser homossexual, alguém ia achar graça?

Eu gostaria que alguém me explicasse que direito tem uma pessoa de dizer que a crença dela é superior a minha? Que porque ela acredita nisso ou porque ela faz isso e eu aquilo ela vai pro céu e eu não? Que direito ela tem de me desqualificar? E me desqualificando, não se torna ela mesma uma pecadora ("Atire a primeira pedra...")?

Os cristãos por exemplo, se baseiam na lógica circular de que Deus existe porque está na biblia e de que a biblia é a palavra de Deus, logo ela está correta e não pode ser contestada (COMO??)! É algo como "Olha, a Lisa existe! Esse é o diário dela, que prova a existência dela!" - "Ok! E como sabemos que esse diário era dela e que ele diz a verdade?" - "Porque bem... É a palavra dela, ela escreveu!" - A única diferença no caso de Deus é que ele "mandou" escrever. heh

E a bem da verdade, se a maior parte das coisas "moralistas" que praticamos hoje como "Meninas tem que se portar assim e meninos assado porque se não as meninas não casam e meninos... bla bla bla" foram perpetuados (não disse criados, observe!) pela igreja e reproduzidos posteriormente pelas culturas cristãs onde o corpo é feio e pecador, a mulher é inferior e deve ser submissa e por aí vai. Observem também que as igrejas cristãs vão se dobrando pra angariar fiéis: ora são contra o lucro, ora a favor, ás vezes contra o preservativo, ás vezes simplesmente não se pronunciam e por aí vai...

Além disso, o fanatismo religioso (seja a religião que for) funciona como uma "valvula de escape" a realidade. É como a droga do viciado e a bebida do alcoolista. Se nada estiver bem eu me agarro na minha fé e vou, mas a vida não é tão fácil. Ás vezes há de se ter coragem e peito pra encarar as coisas e não ficar esperando por meio da fé pra que elas caiam no nosso colo. Infelizmente, a vida é cinza mesmo. Ela não é linda e cor-de-rosa e nós temos que conviver com isso. Ás vezes ela será branca e luminosa e ás vezes escura e assustadora e é isso que cria o cinza.
 "Religião é achar que com os olhos fechados você enxerga mais.”

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Erinnerung

Hoje eu estava lendo o blog de uma amiga muito querida e me dei conta de que algumas coisas não voltam mais, não se repetem. Nunca mais teremos oportunidade de reviver alguns momentos. A vida não é como uma cama recém feita que ao menor sinal de bagunça é só arrumar tudo e deitar outra vez e a sensação de aconchego vai ser a mesma, o lençol macio, a cama quentinha e tudo vai estar em ordem novamente.

E quanto a reviver...
Que ótimo, pensam alguns. Seria péssimo se toda a sexta-feira á noite fosse dia de prova de terapia de grupos II ou se toda terça-feira tivessemos que apresentar o pré-projeto de conclusão de curso. Se aquele pé na bunda fosse doer a vida toda ou se fossemos adolescentes até morrer. Mas não, tudo isso passa. E com isso toda uma vida também se vai: as madrugadas jogando videogame com a Lili e os primos, festas com a Deca e a Leini, o primeiro namoradinho, as fugidas pra ir aos Lives com o Loriz, brigas com a mãe, rebeldias sem causa, tomar banho na praia depois das festas com a Tay, sessão de cinema na casa do Fabiano, RPG na casa da Lisi, madrugadas no #Parislive, surfadas na lixeira, ir esperar o Marco na rodoviária, assistir Xica da Silva com a vó, a geladeira bege que ficou branca, a "freira russa" na casa de campo do pai, madrugadas de Imagem & Ação com a família, bobagens e trabalhos com o "Quarteto Fantástico"... Tudo isso também passou.

E fica a sensação de que algumas dessas coisas poderiam ter sido diferentes. Algumas dessas pessoas passaram por mim e nunca souberam o quão importantes elas foram ou o quanto elas me ensinaram. E infelizmente, como me disse alguém esses dias, o trágico da vida é que não se pode voltar a infância e acertar aquilo que ficou pendente.
Porque no final das contas, somos só um amontoado de memórias (Erinnerung é uma música do Lacrimosa. Traduzindo para o português erinnerung = memórias).

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"
 [Chico Xavier]

PS: Sempre quis citar Chico Xavier! Super imagino aquela voz do programa do Gugu (acho que era o sabadão sertanejo) que fazia citações, dizendo no final: CHICO XAVIER! =D - Tinha que avacalhar, né Lisa? ¬¬