sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Só mais uma história de amor

Fios de cabelos úmidos e a cabeça a mil. Parada ali na chuva, só conseguia pensar em um par de frases avassaladoras. "E se não tivessemos nos encontrado?", "E se não tivesse sentido naquele dia uma fagulha daquelas que fazem o mundo deixar de parecer tão desconexo"?

Ali, ela desafiava as leis do universo com a própria lógica que as criara.

Pensava em corpos que ocupam o mesmo lugar no espaço e na junção de átomos indissociáveis. Se bem que a física faz algum sentindo, como na troca de calor entre o corpo que fica com as cobertas e aquele que ficou exposto. E ela riu pensando em como pode uma pessoa nascer e renascer sempre nos mesmos braços.

Lembrou das canções que inventara pra entreter seu complemento. Da maneira como um sabia exatamente como interpretar frases inteiras em murmuros do outro ou como criavam neologismos que só eles mesmos compreendiam. Riu ao lembrar das invenções e descobertas que fizeram juntos e de momentos que renderiam livros completos.

Sincronia, ela pensava.

E parada ali, na chuva, só conseguia chegar a uma única conclusão: "Era pra ser". E foi.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Morro dos Ventos Uivantes

"— Ela mentiu até o fim! Onde está ela? Não está lá. . . não está no céu . . . não morreu. . . onde é que ela está? Oh, você disse que não se importava com os meus sofrimentos! Pois bem, vou rezar. Vou rezar até não ter mais fôlego, para que você, Catherine Earnshaw, não possa ter descanso enquanto eu esteja vivo! Você disse que eu a tinha matado. . . Pois bem, assombre-me! As vítimas costumam assombrar os seus algozes. Sei de fantasmas que erraram de verdade pela terra. Persiga-me, assuma a forma que quiser, enlouqueça-me até! Mas não me deixe neste abismo, onde eu não posso encontrá-la! Oh, meu Deus, é impossível! Eu não posso viver sem a minha vida! Eu não posso viver sem a minha alma!"

Leria um milhão de vezes!

sábado, 30 de outubro de 2010

Alma Perdida

Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente…
Talvez sejas a alma, a alma doente
D’alguém que quis amar e nunca amou!

Toda a noite choraste… e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!

Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh’alma
Que chorasse perdida em tua voz!…

[Florbela Espanca]

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vácuo

Entra aqui e me despedaça
Depois sai de alma lavada
E eu?
Me resta o pó, o nada
E um bocado de solidão

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Para minha pequena garota

Eu tenho uma pequena garota que vive comigo.
Ela dança, canta e se diverte. Se fascina com coisas que brilham e adora balões. Bate palmas quando não deveria e ri nos momentos mais inoportunos. Gosta de dizer bom dia quando a noite chega e boa noite ao amanhecer.
Ela é tão inusual! Até mesmo para uma garota pequenina. É quase uma criança, quando se olha bem de perto.
Ainda não sabe pronunciar algumas palavras. "Infelizmente, não deu!" é uma frase que ela precisa aprender. "Eu errei" ela já conhece, mas não consegue pronunciar muito bem "Tudo bem, posso tentar denovo!".
Também não aprendeu a pedir ajuda, não que ela ache que não necessita. Ela simplesmente não sabe.
Quando crescer talvez seja poeta ou coisa que o valha, mas por enquanto só ensaia o dom da expressão. E quando o faz, murmura. Não quer que o mundo ouça, mas eu sempre a escuto.
Como é linda a minha pequena! Quisera que o mundo a conhecesse... Mas ela só fala comigo e sempre bem baixinho. E como é frágil! Todo o dia ela morre um pouquinho e todas as manhãs tem de ser ressuscitada.
Quem sabe um dia, quando for forte e grande, ela possa debutar. Por enquanto ela vive aqui, quietinha comigo, como em um cativeiro voluntário.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

"Amour"



Como são estupidas as mulheres apaixonadas! Eis o tipo mais decadente de prostituição: Cobram tão pouco que esquecem o próprio valor.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Previsível

Você me olha com essa cara de quem sabe o que eu vou dizer. Sorri e emenda triunfante: "Previsível". Eu calo e consinto, com um meio-sorriso. A a verdade é que você não faz a menor idéia do que se passa aqui dentro.
Antes soubesse, me pouparia um esforço danado. Mas não sabe. Nem quer saber.
O mundo fica mais fácil assim. "Se penso, é. Tem de ser, natural!" e passa a ser verdade.
Mas algumas coisas nunca devem ser ditas - ao menos eu nunca digo. Frases devem ser seladas e carregadas por uma vida á fora.
Eu carrego uma infinidade de pequenos elogios, ar blase e um leque de verdades que esqueceram de existir.
"Previsível" você diz. Eu calo e consigo, com um meio-sorriso. Tanto faz e ás vezes é até melhor. "A ignorância é uma benção".

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Cozinhar

Bom, quem me conhece sabe que eu adoro cozinhar... Pra mim, ir pra cozinha "testar" coisas novas chega a ser terapêutico.
E bem, algumas pessoas já me cobraram receitas de algumas coisas. Umas eu passei, outras eu esqueci.
Então, vou utilizar esse post pra dividir com vocês algumas das minhas receitas preferidas (já previamente testadas e com os meus pitacos, óbvio)!

Cappuccino

#400g de leite em pó integral
#250g de açúcar
#50 g de café solúvel
#5 colheres (sopa) de chocolate em pó
#1 colher (sopa) bicarbonato de sódio
#1 colher (sopa) de canela em pó

Primeiro eu bato o café e o leite em pó no liquidificador. Depois eu adiciono os outros ingredientes e bato denovo... Mas o meu liquidificador é imenso, então já aviso que nem todos vão suportar isso - nesse caso pode por tudo em um pote e misturar bem.
Outro detalhe sobre o liquidificador: eventualmente "sacudo" ele, pra misturar o pó. ;)

Pronto, juro que é só isso! :P
Ah sim, eu comumente ponho mais açucar tbm... algo em torno de 350g, mas aí vai do gosto de cada um, né? rs


Cheesecake (essa vai pra dona Nice! hehe)

Massa:
# 1 pacote de biscoito maisena ou maria
# Margarina ou manteiga a temperatura ambiente o quanto baste pra dar a "liga" na massa - cerca de 150g

Recheio:
# 1 pacote de gelatina em pó incolor e sem sabor (12 g)
# Cerca de 400 g de ricota
# 1 potinho de requeijão
# 1 caixinha de leite condensado

Cobertura:
# Um pote de geleia/doce - eu já testei amora, goiabada, morango, uva... enfim, todos ficam bons!
# 1 colher de sopa (rasa) de maisena
# 1/2 xícara de água

Para a massa: Eu trituro os biscoitos no liquidificador, até virar uma farinha. Depois vou acrescentando a manteiga aos poucos e misturando com as mãos. Ela tem que ficar "grudando"... Do tipo que se apertar na mão, as farinha fica uma bolinha e não desmancha. Entretanto, cuidado pra não por muita manteiga, se não fica duro que nem pedra! :P
Depois forra o fundo de uma forma (de preferência de aro removível) com essa mistura e põe no forno por uns 8 minutinhos.

Recheio:
Hidratar a gelatinha, misturando o pó com 10 colheres de água fria e deixando descansar por 5min. Depois levar em banho-maria até desmanchar.
Então joga tudo no liquidificador e bate... Corta a ricota em pedaços e vai adicionando aos poucos (e batendo mais, óbvio!). Pronto! =)

Cobertura: Mistura a geleia com a água e a maizena (não esquecer de dissolver a maizena em um pouco d'agua fria... se não vai ficar embolotado). Leva ao fogo e fica lá mexendo que nem idiota (porque do contrário gruda no fundo!). Depois que ferver, abaixa o fogo, deixa mais um pouquinho e pronto.

Como montar:
Depois de esfriar a massa, joga o recheio em cima e põe na geladeira por umas duas horas - Como eu não gosto de esperar, ponho em uma prateleira que tem no meu refrigerador que chama "resfriamento extra" e deixo só o tempo de fazer a cobertura.
Depois é só por a geleia por cima de tudo.
NÃO PONHA A GELEIA QUENTE EM CIMA DO RECHEIO. Por que? Porque "cozinha" o recheio e faz caca!

Depois é só por por algumas horas na geladeira (umas 5h) e pronto!

Se quiser mais gosto de queijo, substituir o requeijão por um pacotinho daqueles de queijo filadélfia.


Bolo salgado de liquidificador

Massa:
# 3 ovos
# +- 13 colheres de farinha de trigo
# 1 e 1/2 xicara de leite
# 3 colheres de queijo ralado
# 1 colher (sopa) rasa de fermento
# um pouco menos que 1/2 xicara de oleo
# sal a gosto (eu particularmente uso uma colher de chá beeem cheia)
#orégano (opcional)

Recheio: o que tu quiser, simples assim! Eu normalmente faço com salsicha e legumes - cebola, pimentões, cenoura ralada, milho, etc e misturo tudo com creme de leite ou molho 4 queijos, daqueles de caixinha, junto com uma colher de chá rasa de sal e queijo muzzarela picadinho (bastante!).

Pra massa tudo o que tu tem que fazer é bater tudo no liquidificador, por último por o fermento e mexer - eu bato o fermento tbm (depois de todo o resto estar batidinho), mas dizem que não se bate... Ainda assim, nenhum mal me aconteceu até hoje! huahua
Essa massa tem que ficar com uma consistência parecida com a de bolo normal.

Depois põe um pouco no fundo de uma forma previamente untada e enfarinhada e joga o recheio por cima, cobrindo com o restante da massa. Aí é só por em forno pré-aquecido por uns 40 minutos. :)


Beijos pra vocês que agora que já tem com o que se divertir...
Ah sim e se quiserem alguma receita, podem pedir. Se eu souber fazer, juro que ensino! \o\

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Dia do psicólogo


Denovo me inspiro num post do blog da amiga elástica. Janice ou Nice para os íntimos.

Certa vez li um livro pra uma disciplina de Terapia breve II (Basicamente, teorias Existenciais/Humanistas) que me emocionou muito.
Determinada passagem do livro, falava sobre a postura do psicoterapeuta, quanto a seu comprometimento:

"É o sentimento mais profundo que nos motivou (ou deveria ter motivado) quando da escolha de tão árdua tarefa, que é a de acompanhar outro ser humano, em meio ás suas aflições, por entre tortuosos caminhos de sua dinâmica, esbarrando em obstáculos, resvalando em precipícios, desabando em emoções incontidas, tendo sempre a mão estendida, o ombro firme, os sentidos sempre aletras, os olhos sempre abertos, emprestando a esse outro ser uma parte de nós mesmos."¹

Em outra parte do livro, encontra-se o seguinte texto:

"Para o paciente que se acha só e confuso, perdido no labirinto da crise, a abordagem franca e confirmatória de sua existência e o reconhecimento de sua angústia pelo terapeuta têm a expêriencia da mão que se estende para impedir-lhe a queda definitiva"¹.

Ou seja, em primeiro lugar, antes dos cinco anos de intensa teoria, emprestar as minhas duas imensas orelhas pro sujeito, deixo ele falar o que quiser, só pra lembra-lo de que ele não está sozinho no mundo, que eu estou ali com ele. Só depois disso vem a teoria.

Não. Isso não é fácil.

Os meus colegas psis estão aí pra não me deixar mentir. Ás vezes alguém vai sentar na tua frente e te contar as coisas mais sujas, hediondas ou assustadoras que uma pessoas poderia dizer. Comportamento sexual bizarro, violência gratuíta, manipulações, medos injustificados... E é nesses momentos que tu tens que lembrar que aquela pessoa na tua frente é só uma pessoa (ás vezes só uma criança, no sentido literal da coisa!). Tão humana quanto tu. Tão desesperada quanto qualquer outra pessoa e que talvez ela só tenha a ti. Porque ela jamais contaria aquilo a um amigo. Esse tipo de coisa só pode ser revelada em um lugar protegido, a uma pessoa neutra e "treinada pra suportar". No caso, o terapeuta.

Por isso não é fácil. São cinco anos de intensa teoria, teoria essa baseada no sofrimento humano puro e simples. Doenças mentais, crises conjugais, problemas de aprendizagem, dificuldades no ambiente de trabalho, sistema de saúde pública = Sofrimento.

Uma vez mamãe me perguntou, quando soube que eu atendia uma criança anos: "Tu não chora?". Não (e olha que agora eu atendo duas crianças!). Porque eu lembro sempre que eu preciso emprestar a essas pessoas uma parte de mim mesma. Alguém entre nós tem que se manter saudável. Alguém tem que ser forte e sensível ao mesmo tempo. Alguém tem que aguentar as ansiedades, os sofrimentos, as dores, todo o pequeno mundinho de angústias deles e devolver isso tudo de uma maneira renovada. É isso o que a gente chama de terapia e isso serve também pros pacientes adultos.

Por isso eu fico pê da vida com charlatanismo, má prática da profissão e gente queimando psicólogo. Essas pessoas não tem idéia da dádiva, responsabilidade e do duro danado que se dá pra ser psicólogo (um bom psicólogo, porque também não vou ser hipócrita e dizer que todos os psicólogos que tem por aí são bons, né?).

Mas voltando ao foco. Hoje é dia do psicólogo e eu recebi um dos melhores presentes que alguém poderia ter recebido: o progresso de um paciente. 
O paciente em questão é um paciente que venho acompanhando desde o início do ano e que atualmente já apresenta sinais claros de evolução (como diminuição do sintoma principal). Em uma das sessões, o paciente (criança) me disse "Lisa, os coleguinhas não riem mais de mim!". Acho que foi uma das coisas mais legais que já ouvi. Principalmente porque tem momentos em que tu duvida da tua capacidade como terapeuta ou tu pensa "Será que essa coisa toda funciona mesmo?". E aí alguém te dá a resposta daquilo que tu perguntou durante anos da tua vida. É algo que não tem preço. Mesmo.

Pra mim, ser psicólogo é isso: É a imensa realização de saber que um dia alguém acreditou em mim com tanta fé que me confiou (mesmo que talvez sem escolha a principio), a grandiosa responsabilidade de ser o seu guia.

Parabéns pelo dia do psicólogo a todos os bons psicólogos que eu conheço, aos meus colegas futuros (quase) psis e aos estudantes de psicologia em geral! \o_


¹ FERREIRA-SANTOS,  E. Psicoterapia Breve: Abordagem sistematizada de situações de crise. São Paulo: Ágora, 4º edição, 1997.

sábado, 14 de agosto de 2010

Angústia

Eu bem que poderia fazer um post sobre a viagem a Maceió. Falando sobre o quanto foi incrível.
Mas dividir alegrias é fácil e eu vou reserva-las para serem divididas pessoalmente com aqueles que quiserem.
No mais, qualquer um pode acessar meu orkut e ver no album as fotos da viagem.
Para aqueles que não tiverem Orkut, deixo uma palhinha:


Preciso dizer mais? =D




Mas hoje o post se destina a outro assunto.

Formatura. Denovo. Uhum, denovo.

Pra quem nunca passou por isso, não sabe o quão angustiante é a sensação de que toda uma fase da vida vai passar e de que todo o resto a partir de então é incerto. Foram cinco longos anos de tormenta, preocupações, sofrimento, alegrias, cansaço, esforço, recomensa e que agora que estão chegando ao fim. É a troca de algo conhecido, mesmo que sofrido (porque vamos convir que a faculdade é sofrida pra burro! Ou ao menos pra mim foi!) por algo totalmente novo. E que como sempre, o novo é assustador.

Eu tinha um medinho esquisito da formatura. Um quê de friozinho na barriga. Mas a tal "diarréia" de nervoso só veio mesmo depois da reunião de formatura, onde se decidem coisas sobre a colação de grau. Foi aí que caiu a ficha. "Porra, eu vou me formar!".
Escolher fotos, música, orador, patrono, paraninfo, homenageados, enfim. Escolhas. Mais escolhas. Uma porrada de incertezas (e essa nuvenzinha sacana nunca sai das nossas cabeças).

Eu não consigo escolher seis fotos que tenho que enviar pra Presidente da comissão (vulgo Babi! ^^). Eu não consigo escolher a música da colação e quando eu penso nisso cago no chão (não podia perder a rima infame! ^^) me dá dor de estômago.

Eu começo a ver fotos antigas e penso em todas as pessoas que já passaram pela minha vida e que foram importantes pra que eu chegasse onde cheguei hoje. Tay, Sele, Fabi, Cachinhos,  Rick, Família Hillmansion, Mile, ex-ficantes (alguns até meio bobos), Lisi, Túlio, pessoal do RGBN, os Festirock, tia Cláudia, as meninas da Dança... Pessoas com quem eu já não tenho contato (ou quase) mas de quem lembro com imenso carinho. E que me ensinaram lições valiosas. (Eu precisaria de, no mínimo 200 fotos pra por esse povo todo! :P)

E quanto a música. Pouts. Isso me dá um verdadeiro nó no estômago. Eu tento pensar em uma música que eu goste e que me diga algo sobre o momento "faculdade/formatura". Algo como "sobreviver". hahahaha

Então eu decidi que nada mais justo do que pedir a opinião das pessoas que me acompanham ao longo da minha incrível jornada (sem trocadilhos com aquele filme dos cachorrinhos, por favor! ¬¬). Tá, eu não vou ser tãããão legal a ponto de deixar vocês escolherem livremente, porque não quero arruinar minha entrada triunfante com um Reginaldo Rossi ou coisa que o valha (se bem que ia ser líndimo).

Então eu dou as opções e vocês votam, ok? =)

As músicas estão em inglês e a tradução está embaixo, exceto as do Rammstein (até porque acho que ninguém por aqui fala alemão! :P) e tem o videozinho do youtube, pra poderem saber como é a música (só clicar no nome)... Pelamordeyéshua, usem o seu bom senso, tá? Pensem que é uma formatura, um momento único na vida de um ser vivente e tudo o mais e que justamente por isso é dificil escolher UMA música.

Além de votarem, aceito sugestões. Mas por favor, levem em consideração o tipo de música que eu ouço (aí tem bons exemplos). :)

Vamos lá galerinha:



Broken, Beat & Scarred
Metallica

You rise, you fall, you're down then you rise again
What don't kill you make you more strong
You rise, you fall, you're down then you rise again
What don't kill you make you more strong

Rise, fall, down, rise again
What don't kill you make you more strong
Rise, fall, down, rise again
What don't kill you make you more strong
Through black days
Through black nights
Through pitch black insights

Breaking your teeth on the hard life coming
Show your scars
Cutting your feet on the hard earth running
Show your scars
Breaking your life, broken beat and scarred
But we die hard

The dawn, the death, the fight to the final breath
What don't kill you make you more strong
The dawn, the death, the fight to the final breath
What don't kill you make you more strong

Dawn, death, fight, final breath
What don't kill you make you more strong
Dawn, death, fight, final breath
What don't kill you make you more strong

They scratched me
They scraped me
They cut and rape me

Breaking your teeth on the hard life coming
Show your scars
Cutting your feet on the hard earth running
Show your scars
Breaking your life, broken beat and scarred
But we die hard

Breaking your teeth on the hard life coming
Show your scars
Cutting your feet on the hard earth running
Show your scars
Braiding your soul in a hard luck story
Show your scars
Spilling your blood in a hot suns glory
Show your scars
Breaking your life, broken, beat and scarred
We die hard
We die hard
We die hard

Quebrado, Espancado e Cicatrizado

Você se ergue
Você cai
Você cai, então se ergue de novo
O que não te mata te torna mais forte
Levanta, cai, derrubado, se ergue novamente
O que não te mata te torna mais forte
Levanta, cai, se ergue novamente
O que não te mata te torna mais forte

Através de dias negros
Através de noites negras
Através de pensamentos negros

Se quebrando em uma vida dura que está chegando
Mostre suas cicatrizes
Cortando seu pé em uma terra dura, correndo
Mostre suas cicatrizes
Quebrando sua vida, quebrado, espancado e cicatrizado
Mas nós persistimos

A aurora
A morte
A luta pelo último suspiro
O que não te mata te torna mais forte
Aurora morte luta suspiro final
O que não te mata te torna mais forte
Aurora morte luta suspiro final
O que não te mata te torna mais forte

Eles me arranharam
Eles me despedaçaram
Eles me cortaram e me estupraram

Se quebrando em uma vida dura que está chegando
Mostre suas cicatrizes
Cortando seu pé em uma terra dura, correndo
Mostre suas cicatrizes
Quebrando sua vida, quebrado, espancado e cicatrizado
Mas nós persistimos

Se quebrando em uma vida dura que está chegando
Mostre suas cicatrizes
Cortando seu pé em uma terra dura, correndo
Mostre suas cicatrizes
Entrançando sua alma em uma história sem sorte
Mostre suas cicatrizes
Espalhando seu sangue na glória do sol quente
Mostre suas cicatrizes
Quebrando sua vida, quebrado, espancado e cicatrizado
Nós persistimos


Nothing Else Matters
Metallica
So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I don't just say
And nothing else matters

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know

So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know

Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I don't just say
And nothing else matters

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Never cared for what they say
Never cared for games they play
I never cared for what they do
I never cared for what they know
And I know

So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Nada Mais Importa

Tão perto, não importa o quão distante
Não poderia ser muito mais do coração
Eternamente confiando em quem somos
E nada mais importa

Nunca me abri deste jeito,
A vida é nossa, nós vivemos da nossa maneira
Todas estas palavras, eu não simplesmente digo
E nada mais importa

Confiança eu procuro e encontro em você
Todo dia para nós algo novo
Abra a mente para uma visão diferente,
E nada mais importa

Nunca me importei com o que eles fazem,
Nunca me importei com o que eles sabem,
Mas eu sei

Tão perto, não importa o quão distante
Não poderia ser muito mais do coração
Eternamente confiando em quem somos
E nada mais importa

Nunca me importei com o que eles fazem,
Nunca me importei com o que eles sabem,
Mas eu sei

Nunca me abri deste jeito,
A vida é nossa, nós vivemos da nossa maneira
Todas estas palavras, eu não simplesmente digo
E nada mais importa

Confiança eu procuro e encontro em você
Todo dia para nós algo novo
Abra a mente para uma visão diferente,
E nada mais importa

Nunca me importei com o que eles diziam,
Nunca me importei com os jogos que eles jogavam,
Nunca me importei com o que eles faziam,
Nunca me importei com o que eles sabiam,
E eu sei!

Tão perto, não importa o quão distante
Não poderia ser muito mais do coração
Eternamente confiando em quem somos
E nada mais importa


Sonne
Rammstein
 
Sol

Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, fora...

Tudo espera pela luz
tenham medo, não tenham medo
O Sol brilha nos meus olhos
Ela não irá se por esta noite
E o mundo conta alto até dez

Um
Lá vem o Sol
Dois
Lá vem o Sol
Três
Ela é a estrela mais brilhante de todas
Quatro,
Lá vem o Sol

O Sol brilha em minhas mãos
Pode queimar, pode cegar
Quando ele irrompe dos meus punhos
Deita-se quente sobre seu rosto
Ela não vai se por esta noite
E o mundo conta alto até dez

Um
Lá vem o Sol
Dois
Lá vem o Sol
Três
Ela é a estrela mais brilhante de todas
Quatro
Lá vem o Sol
Cinco
Lá vem o Sol
Seis
Lá vem o Sol
Sete
Ela é a estrela mais brilhante de todas
Oito, nove
Lá vem o Sol

O Sol brilha em minhas mãos
Pode te queimar, pode te cegar
Quando ele irrompe dos meus punhos
Deita-se quente sobre seu rosto
Deita-se dolorosamete sobre o peito
O equilíbrio é perdido
Ela te faz ir com força sobre o chão
E o mundo conta alto até dez

Um
Lá vem o Sol
Dois
Lá vem o Sol
Três
Ela é a estrela mais brilhante de todas
Quatro
E ela nunca vai cair do céu
Cinco
Lá vem o Sol
Seis
Lá vem o Sol
Sete
Ela é a estrela mais brilhante de todas
Oito, nove
Lá vem o Sol
Fora


Mein Herz Brennt
Rammstein
Meu Coração Queima

Agora, lindas crianças, prestem bastante atenção
eu sou a voz que vem do travesseiro
eu trouxe para vocês algo comigo
que arranquei do meu próprio peito
com este coração, possuo o poder
de exercer controle sobre as pálpebras
eu canto até o dia despertar
uma luz brilhante no firmamento
Meu coração queima

Eles vêm até vocês à noite
Demônios espíritos fadas negras
Eles se arrastam para fora de cavernas subterrâneas
E vêm espiar embaixo de suas cobertas

Agora, lindas crianças, prestem bastante atenção
eu sou a voz que vem do travesseiro
eu trouxe para vocês algo comigo
uma luz brilhante no firmamento
Meu coração queima

Eles vêm até vocês à noite
e roubam suas cálidas pequenas lágrimas
eles esperam até que a lua desperte
e se esquivam dentro das minhas veias frias

Agora, lindas crianças, prestem bastante atenção
eu sou a voz que vem do travesseiro
eu canto até o dia despertar
uma luz brilhante no firmamento
Meu coração queima


Acho que eram essas... Acho...
Podem votar! ^^

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Obrigada II - O Resgate no lodo

Tudo começa com a idéia. Toda idéia vem de um gênio incompreendido - Sempre! O único problema do gênio compreendido é que normalmente ele também é um pouco insano... ... ...

"Pensei em comemorarmos meu aniversário no dia 31, já que no dia 05 vou pra Maceió. Pensei em fazermos no Cassino, já que tem mais espaço e aí podemos fazer um dormidão com todo mundo! Tipo a festa do pijama e sobretudo! =D"... Alguns comentaram que estaria frio e tal, mas todo mundo acabou topando (Pra variar, o primeiro é sempre o Marco, que atóra as minhas indiadas! hihihi).

Dia 31 batemos em retirada o Loriz, o Marco e eu no carro do Loriz um pouco mais cedo que a mãe e a mana (que iriam logo após de ônibus) e Depois o Loriz voltaria pra buscar a Dinda (que "por acaso" é irmã da minha mãe e mãe dele e do Marloz), a Leleh, o Marloz e a Ingrid.

Quando chegamos ao cassino, era um lodaçal desgraçado, uma vez que tinha chovido durante a madrugada toda. A entrada da casa do pai era quase um lago. O que dava pra ver era puro barro. Foi aí que aconteceu a desgraça... Quisemos ser aventureiros (Porque a gente "Ri na cara do perigo!" né Loriz? haha) e atolamos o carro na entrada da casa.
Exatamente. Ficamos atoladinhos, os três (UI!).

Nós não sabiamos se ríamos ou se choravamos! O carro cheio de tralha (edredom, pães, salsichas, um bolo, etc), eu com um abscesso do tamanho de um ovo e morrendo de dor e os guris tentando desatolar o carro e nada.
Foi aí que o Loriz teve a idéia: O Marco e ele empurravam enquanto eu dava a ré. Justo eu que nem bicicleta sei manobrar!
O resultado dessa façanha foi que sim, desatolamos o carro. Mas para pagar tamanha heresia (a de me por no volante), o Loriz teve que compensar sacrificando o espelho do carro (já que eu consegui socar o carro num espaço impossível de manobrar!). Depois disso tudo eu olho pro Loriz e pergunto: "primo, cadê o Bolo?" E nessas de "desce do carro", "não, não desce!" ele me lembra que eu tinha deixado o bolo (que eu estava carregando) em cima do capô (Mãe! Eu sei que omiti esse detalhe durante todo o fim de semana, mas foi pro teu próprio bem, viu? Espero que tu ainda me ames!). hahahahaha

Desatolados, embarrados (os guris, eu me salvei dos pés pra cima. Mas o Marco e o Loriz tinham barro até na cara!), cansados e sem saber se riamos ou chorávamos decidimos voltar pra cidade.

Acabamos fazendo o aniversário na casa da dinda. Porque a mamys tava com a casa interditada por motivos de chuvas e cavalos (piadinha interna! hehehe). E de todo o jeito é sempre divertido "farrear" com eles.

Não só farrear. Fazer qualquer coisa. Passar férias, jogar jogos de tabuleiro, virar as madrugadas, fazer planos malucos, fofocar, zoar, pegar junto, discutir, perturbar, inventar coisas pra fazer (como amigos secretos de dias bizarros hehe) ou não fazer nada... Porque isso é uma família. E a minha família é das mais doidas. As pessoas são muito peculiares e cada um tem a sua maneira, o seu jeito "esquisito" de ser e fazer as coisas e eventualmente esse jeito se choca com o do outro. Um é muito expansivo, o outro é muito calado, um divaga demais, o outro é muito realista, um é muito sentimental, o outro é muito fechado, um é muito empático, o outro é muito autocentrado... E por aí vai.

E cada um tem uma maneira de dizer que gosta do outro tão peculiar quanto a sua própria forma de ser. Pra alguns é fácil abraçar e expressar, outros a gente percebe que gostam quando oferecem um espaço pra que a gente chegue e se sinta confortável, outros brincam... Mas é amor igual, é amor de toda a forma. Não tem como dizer "eu não te amo", "eu não gosto de ti!". As pessoas podem ter mágoas ou problemas umas com as outras, como em qualquer outra família. Elas divergem, discutem e até se arrancam os cabelos (Oi Lili! \o/ hahaha). Mas não existe falta de amor.
E como eu gostaria de poder dizer agora: Viu, vó. Tu construiste a tua casa sobre a rocha (Mesmo que o fim de semana tenha sido sobre o "Lodo"!). Porque eu sei que ela gostaria de ouvir isso (Inclusive a parte do lodo! hehe).

E obrigada família das "filhas da Neli". Eu sempre acreditei em nós.
E também apóio a nova agregada, viu? A dona Ingrid camisa 11. (Porque a Nicole camisa 10 é velha, antes de ser namorada do Loriz ela já era irmã de verão! hahaha) :)

Dia 05 pra mim serão 24 anos de bons e maus momentos, mas independente disso de suporte e amizade. Enquanto lembravamos dos momentos infância, pentelhice, e cabelos brancos maternos do "quarteto angelical" (Vulgo Loriz, Marloz, Lili e eu) eu pensava no quanto foi importante pra mim ter tido vocês sempre perto (digo, os três sempre perto e as mães e a vó sempre correndo atrás, né? hahahaha).

Amo vocês. Simples assim.
(Não chora dinda! hahaha)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Frases "toscas" prontas


Me dando ao luxo de ser "frágil". Vou aproveitar, "daqui a pouco passa".
Sempre passa...

Essa é a frase pronta mais "infantil" e "tosca" que eu já vi. Mas nunca vi tanta verdade em uma frase só.
Uma pessoa que está feliz provavelmente não precisa de amor e compreensão.
Quem precisa disso é quem faz bobagem, enfia o pé na jaca, dá piti, esperneia, quebra tudo e diz que vai embora... Quem precisa de amor, é aquele que segundo a norma social menos merece.
(A pesar de merecimento ser absurdamente relativo)

(Adoro palavras/frases entre aspas... Repararam? E parenteses também, super tendência...)

Obs: a parte do "infantil" e "tosca" é só porque eu sou durona, ok? :P

sábado, 24 de julho de 2010

Perspectivas

É nessas horas em que ser ateu é difícil... Porque eu bem que poderia dizer "O futuro a deus pertence", mas quem me conhece sabe que isso seria uma enorme de uma hipocrisia! heh

Mas a verdade é que o futuro é meu e só a mim pertence. Os erros e os acertos são meus.

E escrevo isso porque hoje algo muito importante aconteceu...

Pode parecer banal, pode parecer engraçado ou até pouco significante: Hoje foi minha última matricula na faculdade.
Deveria ser um momento extasiante, afinal é a reta final! Mas não, não é. É assustador!
Já pararam pra pensar na repercussão disso na vida de um ser humano? É o adeus aos velhos formulários em que se preenchia "Profissão: estudante" tão displicentemente e de maneira já tão automática.
Já já eu vou ter que pensar duas vezes quando for ter que preencher o espaço em branco correspondente a profissão em algum formulário por aí. Até lá, todas as vezes em que isso acontecer, é possível que eu sinta o mesmo frio na barriga. A mesma precipitação. Aquele quê de um algo terrível que está por aí a espreita pronto pra me pegar na primeira entrevista de emprego ou no primeiro consultório da vida.
Uma sensação de que não importa o quão alta seja a média final, o quanto eu tenha me empenhado, quantos pacientes eu tenha tido, que eu tenha ficado durante as férias em estágio na clínica, quantos livros eu tenha lido... De qualquer forma eu não me sinto preparada pra sair por aí encarando o mundo "psi".
E o que fazer depois? Especialização? Mestrado? Só trabalhar?

O mais difícil até os últimos meses era definir com o que trabalhar. Isso já não é mais um problema. Eu gosto de psicologia clínica. Em especial psicologia cognitivo comportamental e se for pra trabalhar com crianças, melhor ainda. Chego a brilhar os olhinhos!

Mas a pergunta que eu me faço (e que acho eu todos que devem estar sentindo o mesmo que eu devem estar se fazendo) é: Será que eu serei boa o suficiente pra trabalhar com aquilo que eu escolhi?

Uma coisa eu descobri nesse último semestre (e em processo de terapia... rs): Infelizmente não. Eu dificilmente serei boa o suficiente em alguma coisa que eu escolher, porque quando mais alto eu subo, mais eu elevo os meus padrões, de forma que eu vou estar eternamente insatisfeita. De certa forma isso é bom: eu sempre vou buscar algo que possa ser melhorado. Por outro ângulo, é péssimo, porque a menos que eu encontre um ponto de equilíbrio, eu nunca vou estar satisfeita.
E se o futuro é só meu, os fracassos também são.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Despedidas

Tenho observado as pessoas - amigos, pacientes, bloggers - falando sobre pessoas queridas que se foram. Ás vezes recentemente, outras há muito tempo, mas é sempre sobre a ausência. A dor, a saudade, algumas vezes sobre o remorso. Outras sobre o sentimento de missão cumprida. Existem pessoas, até, que expressam cansaço e alívio. E existem aquelas que negam tudo e simplesmente seguem.

Certa vez eu perdi alguém que amava muito e me concentrei na dor dos outros enquanto sentia a minha própria dor. Me preocupei em como as pessoas a minha volta se sentiam. Quis ser forte. Quis cuidar. Quis ser eu, como sempre. Eu, a muralha. É claro que eu chorei, é claro que eu sofri. Mas eu costumo carregar a minha cruz sozinha. Ou como diria Marisa Monte:
"Se ela me deixou a dor,
É minha só, não é de mais ninguém".
Eu costumo de bom grado me oferecer pra carregar a cruz dos outros (não é a toa que a pessoa escolhe um curso como psicologia!), mas a minha cruz é sempre minha e só minha. Por que ser forte é tão mais valorizado, se como me disse alguém, a maior parte das coisas bonita e de valor vem em caixas dizendo "cuidado, frágil!".

Enfim, agora é a minha vez de compartilhar.

Era uma manhã de sol quando ela se foi. Uma manhã com um estonteante e maldoso sol. Como a maior parte das manhãs ensolaradas tem sido desde então. Quando o sol não tem outra função sem ser ofuscar as coisas e mostrar as pessoas que não importa o quanto elas tentem. Tudo passa, ele permanece. A vida é efêmera e nós estaremos sempre sós.

Eu tinha que encontrar um terço, mas nenhum terço era bonito o suficiente para as mãos dela. As mãozinhas delicadas, já envelhecidas pelo tempo. As unhas sempre feitas e bem cuidadas. A mão na qual ela prendia a chave pendurada no dedo mínimo e saia a caminhar indo em direção a nossa casa. E fazia aquele barulho estridente quando as chaves balançando se chocavam uma a outra. Eu nunca mais iria ouvir esse som.

A capela do velório era tão pequena que se tornava impossível permanecer lá dentro. A impressão é de que tudo era pesado demais. Nós eramos grandes demais. Exceto ela, ela parecia tão pequena. Ao mesmo tempo, lá fora estava o zombeteiro sol. Não havia mais nenhum lugar seguro na terra. Eu nunca mais me sentiria em casa novamente. Nenhum lugar teria as cadeiras acolchoadas e o cheiro de café recém passado a qualquer hora do dia.

Ver o caixão ser fechado, carregado e concretado... como se todas as histórias de criança, a segurança de que tudo acaba bem, exatamente como nos contos de fada contados na cama da avó. Elas nem sempre acabam bem. Alguns sonhos são lacrados em paredes de concreto.

Naquele dia eu aprendi a dizer "nunca mais" e esqueci o real significado de "para sempre". Ela se foi e eu deixei de acreditar em Deus, papai noel, contos de fada e finais felizes.
E não, não foi uma troca justa.

Mas de qualquer maneira. Ela sabia o quanto ela era importante, o quanto era preciosa  e amada e isso faz com que tudo tenha valido a pena, mesmo que eu não soubesse exatamente como dizer adeus.


In Remembrance
Evergrey

I remember your voice and your dreams
Your smile when you laughed
And your pain when you screamed
I'll follow your footsteps let them be my guide
Can you save me from being myself?
It's hard to be strong when you're stuck in a shell
If you don't desert me I won't let you down

In remembrance
Of all the things you used to do
In remembrance
Of all the faith I had in you
In remembrance
And when I walk I walk for you
In remembrance of you

I remember when we used to run
Against any threat united as one
We faced all our fears
And we chased all the clouds blocking the sun
And through the haze that my sorrow created
I heard your voice and the promise you stated
And I...
Won't let you down

In remembrance
Of all the things you used to do
In remembrance
Of all the faith I had in you
In remembrance
And when I walk I walk for you
In remembrance of you

Cause I never saw you deserted
Or you never spoke so I heard it
Cause I would never let you down
Did you call me and I didn't listen?
Did I force you to make a decision?
Did I?

In remembrance
Of all the days we planned
And all the things we said we'd do
In remembrance
Of all the times we had
And the fate I shared with you
In remembrance
You'll always be my truth
Cause what I know I've learned from you
In remembrance of you
Of all the things you used to do
And all the faith I had in you
Cause when I walk I walk for you
In remembrance of you.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Políticas Públicas

Tenho andando ranzinza (novamente) nos últimos dias. Quando eu fico muito ranzinza eu aproveito pra pensar sobre a vida. E hoje cá estava eu pensando sobre políticas públicas.

O quão justa é essa nova forma de ingresso nas universidades que está sendo/será implementada, sendo que o Rio Grande do Sul tem o maior número de universidades e faculdades?

E não é só isso. A "merda" vai continuar a mesma. Alegam alguns que é um método mais justo de "oportunidade para todos", porque assim o sujeito "A" que vive lá "onde Judas perdeu as botas" pode vir estudar aqui onde "Judas as encontrou". Não é maravilhoso? Uhum...
Que doce ilusão! Se o sujeito "A" pertence a classe média, realmente. Mas se ele for só um brasileiro comum, como a grande maioria dos brasileiros, ou ele vai ter que rodar a baiana e fazer das tripas coração, ou ele simplesmente não vai poder, porque não vai ter capital pra investir nisso. E a porcaria continua a mesma. Quem tem dinheiro vai para onde quiser, quem não tem fica onde estava. E o ciclo se perpetua.

E olha que eu não sou uma das mais ferrenhas defensoras dos fracos e oprimidos. Eu costumo tentar olhar as possibilidades. Por exemplo, eu sou extremamente contrária a inclusão digital.
O governo financia computadores e incentiva o acesso a internet de praticamente qualquer parte do Brasil, entretanto que beneficio isso trás a população? Nenhum. A população não tem educação pra usar esse tipo de ferramenta. Pergunte pras pessoas de baixa renda se elas tem computador e várias vão responder que sim. Agora pergunte a essas várias se elas sabem o que é a Wikipédia ou o Google Acadêmico. Entretanto se perguntares se sabem o que é o Orkut provavelmente te dirão que sim.
O mais triste é que isso não é culpa delas. Estão tentando tapar o sol com a peneira.

Observe por exemplo o método de incentivo a "universidade para todos", inclusive aqueles todos que não tem preparo para isso. Não duvido que hajam faixas comemorativas dizendo "Olha mãe! Tô na univercidade! Parabems pra mim! Bixo 2010".
As universidades federais por sua vez, recebem incentivo financeiro toda a vez que criam cursos novos, se elas não os criam, o incentivo que recebem é consideravelmente menor, entretanto se optam por cria-los, acabam tendo de deixar de investir nos cursos já criados. E aí, o que fazer? Porque isso é política pública... É MEC. É Brasil.

E sabe o que é mais decepcionante? Eu assisti vários projetos de conclusão de curso esse semestre, muitos deles bastante interessantes e viáveis. Cuja divulgação poderia melhorar (e muito) a qualidade de vida da população. E quase todos eles (assim como o meu e da Josi) tinham como justificativa o fato de que políticas públicas poderiam ser incentivadas, como medidas de prevenção, por exemplo... E no fundo, bem no fundo, nós sabemos que isso nunca vai acontecer.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Tomara que seja um livro!

Bom... mês que vem é meu aniversário. Nessa época do ano, já com quase um mês de antecedência as pessoas começam a perguntar o que eu quero ganhar de presente.
É um saco isso.
Mas esse ano eu fui mais rápida e me adiantei! HA!
E mãe/mana, se alguém te perguntar o que eu quero ganhar de presente, pode dizer, tá? hihi

Por ordem de prioridade:
(Pesquisa realizada no site da livraria Vanguarda, então lá tem, mesmo que seja sob encomenda...)

Título: Como Falhar na Relação?
Editora: Casa do Psicólogo
Autor: BERNARD SCHWARTZ, JOHN V. FLOWERS
Por: R$34,00

Título: A Prática Clínica de Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes
Editora: ArtMed
Autor: FRIEDBERG, ROBERT D.
Por: R$56,00

Título: Técnicas de Terapia Cognitiva - Manual do Terapeuta
Editora: ArtMed
Autor: LEAHY, ROBERT L.
Por: R$86,00

Título: Aprendendo a Terapia Cognitivo-Comportamental
Editora: ArtMed
Autor: THASE, MICHAEL E.;BASCO, MONICA R.;WRIGHT, JESSE H
Por: R$74,00

Título: Ansiedade - Terapia Cognitivo - Comportamental para Crianças e Jovens
Editora: ArtMed
Autor: STALLARD, PAUL
Por: R$44,00

Título: Estudos de Caso em Psicologia Clínica Comportamental Infantil - V. 1
Editora: Papirus
Autor: SILVARES, EDWIGES FERREIRA DE MATTOS
Por: R$59,90

Título: Terapia do Esquema - Guia de Técnicas
Editora: ArtMed
Autor: YOUNG, Jeffrey E.
Por: R$81,00

Título: Terapia Cognitiva para Desafior Clinicos
Editora: ArtMed
Autor: BECK, JUDITH
Por: R$75,00

Título: O Ciclo Vital
Editora: ArtMed
Autor: BEE, HELEN L.
Por: R$116,00

E para os mais pobres (como eu):

Título: Papai nunca mais voltará para casa?
Editora: Atica
Autor: HOGAN, PAULA Z.
Assunto: Literatura Infanto Juvenil
Por: R$18,90

Título: O Livro dos Sentimentos
Editora: Panda Books
Autor: PARR, TODD
Assunto: Literatura Infanto Juvenil
POR: R$:12,90


Obrigada, meus pacientes agradecem! =D

sábado, 3 de julho de 2010

Religião - A intolerância não será tolerada!

AVISO: Este não é um post delicado. Eu não tenho cuidado com as minhas palavras e se você, caro leitor não leu um dos meus primeiros posts intitulado: "Pra que um blog?" eu recomendo que leia. Obrigada.

Muitas pessoas pensam que eu sou atéia (ou ateísta, como queiram). Mas isto obviamente não corresponde a verdade.
Há algum tempo me rendi a URI, o magnífico Unicórnio Cor-de-Rosa Invisível:
"Os Unicórnios Cor-de-rosa Invisíveis são seres de grande poder espiritual. Sabemos isto porque eles são capazes de ser invisíveis e cor-de-rosa ao mesmo tempo. Como em todas as religiões, a Crença do Unicórnio Cor-de-rosa Invisível baseia-se em lógica e fé. Acreditamos que eles são cor-de-rosa e logicamente sabemos que são invisíveis porque não os conseguimos ver." Também tenho simpatizado bastante com o Pastafarianismo, o que tem me levado a orar com frequência a seu criador, o  Monstro do Espaguete Voador (mas de fato é URI quem ganhou meu coração e meus louvores).

Ok, nesse momento quem está lendo já deve estar rindo ou no mínimo achando engraçado. Pois saibam que não deveriam.
Ninguém iria rir ou fazer pouco caso da minha crença se eu dissesse que sou cristã, espírita, budista ou se eu fizesse parte de algum culto bizarro da nova era. Ninguém iria rir se eu dissesse: "Fiz votos de castidade, entretanto costumo subjugar crianças e obriga-las ao ato da felação, mas está tudo de acordo com a minha fé, uma vez que o Papa é cumplice dos meus atos, ou seja, é uma felação abençoada!", ou se eu dissesse: "Quero casar de branco, na igreja, porque se deus não me abençoar, não serei feliz no meu casamento"... Mas desde quando alguém além de mim e do meu marido somos responsáveis pelo meu casamento? E se eu dissesse ainda que na minha igreja é proibido ser homossexual, alguém ia achar graça?

Eu gostaria que alguém me explicasse que direito tem uma pessoa de dizer que a crença dela é superior a minha? Que porque ela acredita nisso ou porque ela faz isso e eu aquilo ela vai pro céu e eu não? Que direito ela tem de me desqualificar? E me desqualificando, não se torna ela mesma uma pecadora ("Atire a primeira pedra...")?

Os cristãos por exemplo, se baseiam na lógica circular de que Deus existe porque está na biblia e de que a biblia é a palavra de Deus, logo ela está correta e não pode ser contestada (COMO??)! É algo como "Olha, a Lisa existe! Esse é o diário dela, que prova a existência dela!" - "Ok! E como sabemos que esse diário era dela e que ele diz a verdade?" - "Porque bem... É a palavra dela, ela escreveu!" - A única diferença no caso de Deus é que ele "mandou" escrever. heh

E a bem da verdade, se a maior parte das coisas "moralistas" que praticamos hoje como "Meninas tem que se portar assim e meninos assado porque se não as meninas não casam e meninos... bla bla bla" foram perpetuados (não disse criados, observe!) pela igreja e reproduzidos posteriormente pelas culturas cristãs onde o corpo é feio e pecador, a mulher é inferior e deve ser submissa e por aí vai. Observem também que as igrejas cristãs vão se dobrando pra angariar fiéis: ora são contra o lucro, ora a favor, ás vezes contra o preservativo, ás vezes simplesmente não se pronunciam e por aí vai...

Além disso, o fanatismo religioso (seja a religião que for) funciona como uma "valvula de escape" a realidade. É como a droga do viciado e a bebida do alcoolista. Se nada estiver bem eu me agarro na minha fé e vou, mas a vida não é tão fácil. Ás vezes há de se ter coragem e peito pra encarar as coisas e não ficar esperando por meio da fé pra que elas caiam no nosso colo. Infelizmente, a vida é cinza mesmo. Ela não é linda e cor-de-rosa e nós temos que conviver com isso. Ás vezes ela será branca e luminosa e ás vezes escura e assustadora e é isso que cria o cinza.
 "Religião é achar que com os olhos fechados você enxerga mais.”

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Erinnerung

Hoje eu estava lendo o blog de uma amiga muito querida e me dei conta de que algumas coisas não voltam mais, não se repetem. Nunca mais teremos oportunidade de reviver alguns momentos. A vida não é como uma cama recém feita que ao menor sinal de bagunça é só arrumar tudo e deitar outra vez e a sensação de aconchego vai ser a mesma, o lençol macio, a cama quentinha e tudo vai estar em ordem novamente.

E quanto a reviver...
Que ótimo, pensam alguns. Seria péssimo se toda a sexta-feira á noite fosse dia de prova de terapia de grupos II ou se toda terça-feira tivessemos que apresentar o pré-projeto de conclusão de curso. Se aquele pé na bunda fosse doer a vida toda ou se fossemos adolescentes até morrer. Mas não, tudo isso passa. E com isso toda uma vida também se vai: as madrugadas jogando videogame com a Lili e os primos, festas com a Deca e a Leini, o primeiro namoradinho, as fugidas pra ir aos Lives com o Loriz, brigas com a mãe, rebeldias sem causa, tomar banho na praia depois das festas com a Tay, sessão de cinema na casa do Fabiano, RPG na casa da Lisi, madrugadas no #Parislive, surfadas na lixeira, ir esperar o Marco na rodoviária, assistir Xica da Silva com a vó, a geladeira bege que ficou branca, a "freira russa" na casa de campo do pai, madrugadas de Imagem & Ação com a família, bobagens e trabalhos com o "Quarteto Fantástico"... Tudo isso também passou.

E fica a sensação de que algumas dessas coisas poderiam ter sido diferentes. Algumas dessas pessoas passaram por mim e nunca souberam o quão importantes elas foram ou o quanto elas me ensinaram. E infelizmente, como me disse alguém esses dias, o trágico da vida é que não se pode voltar a infância e acertar aquilo que ficou pendente.
Porque no final das contas, somos só um amontoado de memórias (Erinnerung é uma música do Lacrimosa. Traduzindo para o português erinnerung = memórias).

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim"
 [Chico Xavier]

PS: Sempre quis citar Chico Xavier! Super imagino aquela voz do programa do Gugu (acho que era o sabadão sertanejo) que fazia citações, dizendo no final: CHICO XAVIER! =D - Tinha que avacalhar, né Lisa? ¬¬

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Obrigada

Uma vez eu ouvi que para saber o quanto se ama alguém basta imaginar o mundo sem aquela pessoa. Foi aí que eu descobri que existem limites pra minha criatividade. Algumas coisas são inimaginaveis.

Por isso eu queria agradecer todas as vezes que eu não pude ou todas as vezes em que eu não consegui expressar o quão grata eu sou pela tua presença, pelo teu conforto, pela tua companhia.

Obrigada pela mão amiga nos momentos de tristeza e por me permitir chorar sem ser abraçada.
Obrigada por dividir os teus sonhos e os teus dias comigo. As tuas manhãs ensolaradas e as tuas tardes chuvosas, a cama quentinha e o braço aconchegante na hora de dormir.
Obrigada pelos filmes toscos, as filosofias compartilhadas, as conversas na cozinha enquanto eu faço a janta e as madrugadas de narradinha.
Obrigada por me permitir fazer as escolhas erradas e por sentar comigo pra reconstruir os meus planos desfeitos e o meu coração machucado. Por nunca se queixar de "arrumar a bagunça dos outros" no meu mundinho imperfeito.
Obrigada por suportar os meus insuportáveis momentos de euforia. Por rir da minha "dança do babuíno entregador de pizza" e do E.T. que te ataca com o travesseiro.
Obrigada pelas palavras cálidas, mesmo do teu jeito romântico "torto", quanto tu me dizes que eu sou a tua "porca com uma flor na boca".
Obrigada pelo companheirismo. Quando eu sou ventania tu me ofereces campos livres por onde correr e quando eu sou o sol tu pegas um protetor solar fator 50 e bem, "Vamos a praia?" me permites brilhar sem que eu devaste e incendeie as coisas a minha volta.

Ouvir o barulho da tua chave na porta depois de um dia infernal é um sinal de que está tudo bem. As coisas estão exatamente onde elas deveriam estar.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Irresponsabilidade, palhaçada ou falta de vontade?

Que eu estudo em uma universidade particular todo mundo (ou quase) deve saber e não, não acho que a qualidade do ensino seja pior que a das universidades públicas. Também não acho que alunos de universidades públicas sejam mais qualificados do que alunos de universidades particulares e o mesmo vale para os professores (bem, bosta tem em todo o lugar). Cada uma delas tem suas vantagens e desvantagens, mas realmente a intenção desse post não é divagar sobre isso.

Há pouco menos de cinco minutos eu fico sabendo que eu não entreguei um trabalho. Ok. Seria uma super irresponsabilidade da minha parte se ao menos eu soubesse que esse trabalho existia!
O fato é que o professor em questão (um renomado professor, aliás), não aparece pra dar aula há algum tempo e manda a mestranda (que, aliás, na minha opinião dá aula melhor do que ele). Considera algumas coisas nas provas de alguns e outras nas provas de outros. Enfim, uma baderna. E agora eu fico sabendo que existia um trabalho (que nem valia grandes coisas).

Realmente não tem como manter bom humor assim, juro que não. Se isso fosse semestre passado quando minha freqüência era “no limite”, tudo bem, eu acreditaria que eu não estava em aula quando isso foi passado. Mas atualmente isso não acontece e a minha freqüência nessa cadeira está em torno de 90-95%.

Os outros fazem merda, eu reclamo e depois eu é que sou ranzinza. É foda, viu?

Relacionamentos

Relacionamentos são coisas complicadas porque bem, envolve sempre duas (ou mais) pessoas e pessoas são sempre (em maior ou menor grau) complicadas.

Agora por exemplo. Já passa das 2h da manhã e eu estou esperando o meu excelentissimo esposo vir se deitar, entretanto, ele está selecionando cartas de Magic The Gathering. Eventualmente isso acontece aos domingos quando eu pergunto "O que ele tem que eu não tenho?" e obtenho a resposta: "Botões, meu bem!".. Realmente, ninguém conseguiria competir com um playstation.

Para estas ocasiões eu preparei uma canção de amor capaz de derreter o coração de um homem e que eu venho aqui com todo o amor compartilhar. Caso você decida testa-la, lembre-se que deve ter entonação romântica e deve ser encenada de acordo com o conteúdo. Ei-la:

Me dê carinho, me dê atenção
Ou me dê logo um tiro no meu coração!
O pior erro de um palhação
É deixar a namorada sozinha, na mão!
E se ela te pega e te bota pra rua,
De quem é a culpa?
A culpa é sua!!!

Eu costumo cantar para o meu excelentíssimo nestes momentos de crise e pasmem: funciona. Teste você também e depois venha me contar o resultado!

Ah sim... E a autoria é minha mesmo (ou você está duvidando da minha capacidade de ser idiota?). =)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Fracassos

Tem gente que tem um olhar sadio sobre as coisas, compreendendo perfeitamente que alguns são bons em algumas delas mas que não se pode ser bom em tudo. Outros se contentam em estar na média. Algumas pessoas ainda estão tão habituadas a irem "de mal a pior" que qualquer mínimo sucesso é motivo de celebração extrema.
Eu pertenço a uma quarta parcela da população: os ultra-responsáveis, mega-exigentes, super-centrados e igualmente sofredores, que acreditam (de uma forma nada saudável) que "se você não é um sucesso total, então é um fracasso" (o que lógicamente falando, é um absurdo). Para estes pobres mortais como eu, não existe nada pior do que um 7 naquela prova em que tu estudou até a morte, um tapinha nas costas e um olhar complacente. Seria melhor uma bofetada na cara: mais limpo, menos cruel e de fato, a sensação é a mesma.

E na verdade, todo esse "blá blá blá, wiskas sachet..." foi só pra dizer que eu tirei 3,3 em uma disciplina, tenho prova dela hoje e não estou conseguindo estudar. Logo, este é praticamente um bilhete de adeus: Se eu me afogar em um copo de sprite zero (coca-cola não porque eu dispenso), vocês sabem a razão! Saibam também que eu amo vocês (nem todos vocês, até porque eu não faço idéia de quem vai ler isso!)...

Agora me dêem licença, por favor, eu vou ali enfiar os dedos no c* e rasgar me descabelar!
(Ao menos eu me fodo de bom humor) :)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pra que um blog?

Então, pra que um blog? Pra escrever? Pra mostrar pro mundo o quanto eu sou monga?
Na verdade há algum tempo eu tenho flertado com a possibilidade de escrever um blog por mero capricho. Pelo puro prazer do exibicionismo e da auto-revelação. Porque assim como todo mundo eu sou narcisista, oras. Entretanto, há pouco tempo eu me dei conta de que as pessoas não me conhecem (e pouts, isso dói no ego da gente, né?).
Não, isso não é brincadeira. As pessoas não me conhecem. Elas não fazem idéia dos meus medos, dos meus desejos, das coisas que eu gosto, daquilo que eu não gosto. Tudo isso porque eu passo a maior parte do meu tempo tentando ser uma muralha e bom, funciona: Elas acreditam nisso.

Então se você achou que isso é exagerado, descabido, narcisista e está se perguntando "Essa guria é loca? Ela quer fazer um blog pra ficar se expondo?" Em primeiro lugar: Meus parabéns! Você entendeu o espírito da coisa! E em segundo lugar... Bem, se você acha isso um absurdo, então eu suponho que você não tenha orkut, twitter, facebook e nem nada do gênero... Certo? :)

E um último aviso: Isso é sobre mim, a minha vida, as minhas idéias e os meus pensamentos ou o que quer que seja. Respeite. Eu nem sempre vou agradar todo mundo, até porque  esse não é o meu objetivo. Eu não sou uma pessoa "felizinha" (a pesar de ser extremamente "palhaça"), eu sou introspectiva e costumo perder muito do meu tempo refletindo sobre as coisas. E alguém um dia já disse "A ignorância é uma benção" (sei lá eu quem disse isso), mas é uma frase bem sábia. Questionar muito as coisas costuma levar a infatisfação, porque uma hora ou outra se descobre o quão imperfeitas elas são. 
Eu sou assim. Então respeite. Ou saia. Ninguém é obrigado a ler as coisas que eu escrevo ou se importar com elas.

Mas obrigada por sua atenção
Lisa

Como pode?

Tem pessoas por quem conseguimos nutrir sincera afeição, mas bastam 10 minutos perto e pronto! Serão necessárias ao menos duas semanas longe para "desintoxicação".
E aquela história de "o meu santo não bate com o da(o) fulana(o)" não cola comigo... Sempre tem uma razão. 
Eu por exemplo, odeio pessoas efusivas demais, do tipo que abraça, beija e te tira pra melhor amigo no primeiro encontro. Que quer ficar te tocando o tempo todo, que força intimidade e etc. Juro, isso me deixa louca.
Outro tipo de gente que eu evito nos meus relacionamentos pessoais é o/a carente demais, que faz de tudo pra chamar atenção e em alguns casos, inclusive, vale até menosprezar os outros! 
Agora, o que ativa o meu mecanismo de "luta ou fuga" são as pessoas que carecem de autocrítica e que não tem o menor tato, que não sabem quando parar e que não fazem a menor idéia de que não estão agradando. Juro, é respirar três vezes pra não por a mão na testa e desmaiar, no melhor estilo hollywoodiano, só pra não ter que aguentar. E quando isso é combinado com o tipo abusado/invasivo, aí a coisa fica feia... A gente tem que aprender a contar até 100 de trás pra frente, porque todo o resto pode falhar.

Agora vem a pergunta título do post: Como pode-se gostar sinceramente de uma pessoa que possui todas essas características juntas? Óbvio que essa pessoa tem qualidades. Todo mundo tem qualidades. Entretanto, é dificil de lidar com alguém assim, vamos convir, né? 
Enfim... Ultimamente ando aceitando até simpatia de livreto de sebo.

sábado, 19 de junho de 2010

Without

Leave me scared
Suck my lust
The past is everything
Leave me

Light onto me
Carry, all my tearful love
I am nothing
But you are my heaven

Bleed my blood
Everything
But love is nothing at all
Cant you

 [Lacrimas Profundere]

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Primavera

Não se pode dizer a primavera: "Tomara que chegue logo e que dure bastante". Pode-se apenas dizer: "Venha, me abençoe com sua esperança, e fique o máximo de tempo que puder".
Paulo Coelho - 11 Minutos